A EFEMERIDADE DESSA VIDA

Valéria Cristina Gurgel

Sabemos, mas não entendemos.

Aceitamos porque não há outro jeito.

Claro que no fundo, gostaríamos de viver todos juntos aqui para sempre. E ainda acreditamos que poderia ser assim.

E é por isso que quando recebemos aquela triste notícia que ninguém deseja receber, as pernas bambeiam, as vistas escurecem, as mãos ficam trêmulas, falta o ar, o coração aperta... e a gente fica pensando que é mentira.

A impermanência do viver ronda cada segundo de nossa existência.

E precisamos sim, relembrar essa realidade a cada respiro que damos.

Nossa vida é breve e a efemeridade dela é um adjetivo direto, muito real.

Por isso, nunca é um dia a mais e sim um dia a menos!

Viver, intensamente todos os momentos como se fossem únicos, últimos.E são. Na verdade nada se repete, nada é igual. Nada é para sempre. Enfim, tudo passa. Os momentos felizes e os tristes também.

Quando alguem querido(a) se vai ele(a) leva um bom pedaço da gente e deixa grande parte dele(a) conosco.

Fica uma imensa dor no peito e muitos questionamentos para a razão. As nossas melhores recordações e uma

eterna saudade nos corações!

Dani, sua passagem entre nós foi breve, curtinha, apenas 34 anos. Mas foi o suficiente para exemplificar através de suas ações o que é viver! Espalhou amor, sorrisos, carinho, simpatia, alegria e generosidade por onde andou!

Você cumpriu com toda certeza o seu legado, o seu ciclo e a sua missão por aqui. Ainda que nos deixou aquele gostinho de quero mais...

Agora é hora de você seguir espalhando o seu brilho de luz entre as estrelas do firmamento.

Gratidão por sua existência e poder tê-la conhecido. Conviver com você, ainda que por apenas dois anos foi algo muito importante para mim. E acredito que tenha sido também para todos que te conheceu.

Essa é a minha singela homenagem com amor e admiração por você.

Sua amiga,

Valéria.

Publicado em meu Site Literário

www.valleriagurgel.com